27.10.08

A visibilidade da invisibilidade.

Subentendendo que a mínima profundidade de campo conseguida por uma câmara se pode definir num plano - estando apenas esse focado - tive a seguinte ideia:

: 3 câmaras

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plano focado da câmara 1 (frontal)
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plano focado da câmara 2 (perfil)

Da intersecção destes dois planos (câmara 1 e 2) resulta uma recta.
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plano focado da câmara 3 (horizontal)
Da intersecção destes três planos (câmara 1, 2 e 3) resultam três rectas.
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ponto de intersecção


Da intersecção destas três rectas resulta um ponto.

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foco único
A ideia é ter, hipoteticamente, um único ponto no espaço focado. Mas se não definir esse ponto no espaço (digo ter uma qualquer marcação visível), por um lado, "dou-lhe visibilidade" focando-o, por outro, esse mesmo ponto é invisível.
(Meaning, tenho a mania que faço coisas pseudo-conceptuais e não sei quê)
Mas como lhe disse, isto tem sido o que ando a pensar nestes últimos tempos, dar visibilidade ao indefinível/invisível, dar um lugar a um não-lugar, facultar ver o que não é visível - uma dialéctica paradoxal assim resumindo.

4 comments:

Rogério PRAT said...

Pseudo porquê?
Acho que está na altura de se assumir, não?
O conceito do trabalho parece-me bastante bem. Fico à espera da concretização.

Rogério PRAT said...

Pseudo porquê?
Acho que está na altura de se assumir, não?
O conceito do trabalho parece-me bastante bem. Fico à espera da concretização.

Freud said...

duas vezes...?!
No seu caso é muito mais grave, Professor Rogério!
(traduzido do alemão)

ana palminha said...

não sei porquê ontem comecei a ler do fim para o principio e depois tentei correctamente, mas continuava a não entender, portanto, visualizar! hoje já fez sentido! a manhã a seguir é sempre um novo e refrescante dia.